segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Dia 03 - Lumiar x Aldeia Velha x (Casimiro de Abreu)

Sexta-feira, 07 de Agosto.
 
Placa indicativa da última perna da viagem
O despertador soa para anunciar o que seria o último dia de viagem. 
 
Mesmo depois de um dia com quilometragem, altimetria elevada e com uma média bem acima da média para uma cicloviagem acordei disposto e com vontade de pedalar mais cedo, mesmo sabendo que a meta do dia seria mais curta, porém esperava trilhas com forte subida...a ver!
 
Incrível como neste ciclotour não começamos a pedalar antes das 9hs da manhã um dia sequer, pelo fato de todos os locais servirem o café apenas após as 8hs. Mesmo assim, cumpri com o procedimento padrão: levantar, juntar as tralhas nos alforjes, banho, verificar a meta do dia e sair pro café.
 
Dada a hora, descemos para o café e nos fartamos de comer. Lá fora, o sol já dava seu ar da graça iluminando o belo laguinho do centro de Lumiar. Acertamos as contas com a pousada, regulamos as bikes e partimos para nossa meta.
 
Saímos seguindo a estrada sentido Sana, entretanto depois de um pouco de sobe e desce pelo asfalto o Garmin nos mandou sair e pegar uma estradinha de terra (Aeeeeeh!) pois foi pouco o trecho em estrada de terra, porém o que tínhamos passado até o momento foi bem aproveitado e já esperávamos algo mais interessante para o trecho que se iniciava.
 
a ponte que separa os homens dos meninos...(?)
Como sempre, os trajetos que crio no garmin tem um grau de dificuldade maior já estávamos subindo por uma trilha com certa dificuldade quando passou um carro e perguntei se era aquele caminho e o rapaz nos indicou que servia, porém, era bem mais dificultoso seguir por ali. Não que o outro caminho, beirando o rio, fosse muito mais fácil mas era o mais pedalável.
 
Resumidamente foi o trecho mais agradável e exigente de nossa resistência física com subida muito técnica com vários degraus em cascalhos e pedras, trechos com areia fofa e tops de subida curta que pareciam intermináveis, tudo isso em apenas 2,5km de subida.
Toda subida cobra seu preço
mas o que vem depois compensa e muito!
Subimos e logo percebemos o que nos aguardava, uma descida insana bem distribuída em 12km de puro XC, descida tão longa que foi preciso parar para descansar...nunca imaginei ter que fazer isso.

Durante a descida conferia tudo que fosse possível, catalogando cada salto, cada ponto de banho para voltar com a turma e sem os alforjes para subir mais tranquilo e descer sem muita preocupação.

Chegamos em Aldeia Velha e logo tratamos de sair sentido Casimiro de Abreu, a estrada de terra de 8km me convidou a realizar um contrarrelógio até o portal. Assim fui tentando manter um giro confortável em 25km/h e vez e outra, dava vontade de aumentar essa velocidade de tão gostoso que estava. Sensação de mais uma viagem sendo concluída, do corpo estar em pleno rendimento e o prazer de estar em um local muito maneiro com um camarada que também curte o que estávamos realizando.

Entre devaneios chegamos no portal de Aldeia Velha onde fiz a última foto onde se vê a estrada de terra...

Portal de entrada, no meu caso era o de saída.
A partir deste ponto, seguimos por mais alguns quilômetros pela BR-101, sentido Norte até a rodoviária onde embarcamos sem maiores problemas (só que não¹) para o Rio e assim finalizando nosso ciclotour criado em cima da hora.

Quero deixar aqui o meu agradecimento a minha família que me proporciona realizar estas viagens, pois entendem minha necessidade de me refazer estando ausente e desapegado da minha zona de conforto. Ao Tiko, vulgo Thiago, que aceitou fazer parte desta empreitada e abraçou a ideia desde o inicio. Aos camaradas de outras viagens, Miura e Lacerda, que não puderam estar presente, porém se mantiveram ativos durante a formação do roteiro, e aproveito a oportunidade para deixar os Parabéns ao Lacerda que completou mais uma primavera no último dia desta viagem (07/08).

Até a próxima,

Até

Dados do Garmin

35,18 km Distância    
12,7 kph Velocidade média    
1.339 C Calorias    
2:46:39 Hora
382 m Ganho elevação    
28,2 °C Temperatura média
73,5 kph Velocidade Máxima
 
P.s.:(¹) assim que chegamos na rodoviária compramos as passagens e percebemos que a hora do ônibus era exatamente o momento que chegamos. Como havia um da mesma empresa parado na plataforma, seguimos em direção do mesmo e o despachante logo foi abrindo o bagageiro e com muita dificuldade colocamos as bikes, haja visto que a dificuldade se deu pelo fato que o bagageiro estava cheio. No momento que fechamos as portas do bagageiro o motorista veio questionar para onde estávamos indo e descobrimos que não era o nosso ônibus, o mesmo estava atrasado. Assim retiramos as bikes e ficamos aguardando para embarcar para o destino correto.

sábado, 8 de agosto de 2015

Dia 02 - Teresópolis x Lumiar

Quinta-feira, 06 de Agosto.

Depois de uma noite bem dormida e com as energias carregadas acordamos famintos e fomos atacar o café da manhã, que confesso que fiquei surpreendido com tamanha variedade.
 
Matamos nossa fome matinal, acertamos as contas e montamos equipamentos para cumprir a meta do dia.

Refizemos os 10km que havíamos voltado no dia anterior, mas sem qualquer problema algum, até curtimos refazer esse trajeto.

Como não cumprimos a meta no dia anterior, nossa meta então teve de ser aumentada para mantermos nosso planejamento e assim decidimos que tínhamos que chegar em Lumiar.

Dia bonito, saímos as 9hs já sabendo que a meta não seria fácil, mesmo a meta que deixamos de fazer no dia anterior não seria fácil. Mas seria mais fácil ser cumprindo depois de uma noite bem dormida.

Na estrada e começou o desafio, muita subida e descida e que cada vez a subida se estendia centenas de metros a mais tornando as subidas mais longas.
Entrando em Friba
 Após uma parada estratégica, entramos em Friburgo, porém muita coisa nos aguardava até a chegada ao Centro da Cidade.

A cada quilometro a viagem ficava mais interessante. Após este ponto, saímos da estrada principal e pegamos uma estradinha vicinal onde descemos tudo que acumulamos, subíamos e descíamos logo em seguida, estava tão divertido que nem sentia mas a dificuldade. Por sinal estava subindo mais fácil que o dia anterior, mas a cereja do bolo ainda estava para se mostrar.

Serra da Florestinha, no melhor estilo MTB em estrada de chão e muita subida...muita mesmo.

Força na subida


Subida com trechos insanos

Comemoração a cada subida terminada
Uma descida insana com valas e pedras soltas foi a diversão até o momento. Assim chegamos em Friburgo, sob um tenso transito de fim de expediente, quando de repente fomos abordados por um motociclista. Era o Cláudio Britto, Cicloturista. Batemos um papo curto porém rico de informações e ele nos apoiou seguir até Lumiar.
Chafariz Friburgo
Como ainda eram 16hs, decidimos seguir viagem. Passamos pelo Centro e pegamos o caminho da linha férrea para evitar o transito por 6km até Muri, neste ponto retomamos a estrada que nos levaria até Lumiar.

Tentei ditar o ritmo pois não queria pegar uma estrada sinuosa e sem acostamento a noite, estava rendendo bem, mesmo nas subidas, conseguindo manter uma média considerável.

 
Placa mais adorada pelos ciclistas
A noite nos pegou ainda na estrada e com 4km de serra a cumprir e mais 6km de descida até Lumiar.

Descemos o mais rápido possível, no escuro em estrada sinuosa e um frio que não deixava sentir os dedos. Poucos carros nos ultrapassaram neste momento, porém um furo no pneu do Tiko a 3km atrasou nossa chegada. Pneu consertado, partimos para o objetivo com a sensação de dever cumprido com mais de 100km pedalados e no que consideramos ser a altimetria bem difícil de realizar.

Enfim Lumiar
Enfim estávamos em Lumiar.

Pegamos um quarto na pousada Klein pousada no que parecia ser o Centro, sim, minha primeira vez no local, cansado e a noite, logo, não consegui fazer distinções que o local merece.

Quarto arrumado, banho quente para reestabelecer a temperatura um breve descanso e rua pra comer alguma coisa.

Uma pizza e um "achadinho" de camarão mataram nossa fome, uma cachaça e uma cerva para comemorar o feito.

Bateu o sono, partimos para a pousada pro sono do guerreiro e acordar para o último dia de viagem.

Até

Dados Gramin

110,21 km  Distância    
11,0 kph  Velocidade média    
4.375 C  Calorias    
10:03:12  Hora    
1.755 m  Ganho elevação    
25,1 °C  Temperatura média
70,9 kph Velocidade Máxima 

Fotos Aqui

Dia 01 - Petrópolis x Teresópolis

Quarta-feira, 05 de Agosto.


A bike e o Busão, motorista a ser abordado
Dia da viagem, acordei cedo e parti para rodoviária de Niterói para embarcar rumo a Petrópolis onde encontraria o Tiko, vulgo Thiago, que sairia da rodoviária do Rio de Janeiro.
Como sempre, utilizei o mesmo recurso de sempre, cheguei cedo e bati um papo com o motorista apenas para sentir o clima de como ele reagiria ao notar minha intenção de embarcar com a bike montada no bagageiro de seu busão.
Após um breve bate papo, ele já foi abrindo o bagageiro e embarquei a bike.  Embarcado, já fui imaginando como seria essa viagem e o frio na barriga veio, antecedendo a viagem como sempre.
Desembarquei em Petrópolis e o Tiko, Vulgo Thiago já me aguardava. Saímos de lá já pedalando rumo ao ponto de início do trajeto criado no garmin, um pouco confuso no início mas conseguimos nos acertar com o aparelho.
Nosso ponto de partida foi diante desta linda imagem da Catedral de São Pedro de Alcântara.


Catedral de São Pedro de Alcântara, ponto de partida
Iniciamos o pedal pelo trânsito da agradável Petrô e pegamos o caminho que nos levaria até Terê.
Coincidentemente, passamos por vários marcos da ER e assim, apenas pra não perder a oportunidade, registramos este momento.
Estrada Real que não rolou
Entre papos e pedaladas passamos por Itaipava até chegamos ao pé da Serra que nos catapultaria até Terê. Subimos cerca de 20km por esta estrada que é conhecida como Terê-Itaipava.
Dedicamos nosso tempo e resistência a essa serra, pois apesar de não ser tão dura assim, a ausência de sombras fazia com que nosso fluido corporal se esvaísse em suor.
Louco para acabar com este tormento tentava manter a cadência e velocidade para assim domar essa serra sem perecer tanto, pois a nossa expectativa inicial era girar até Nova Friburgo e fechar o dia com mais de 100km rodado.
Fotos para registrar passagem
Auto-retrato
Por fim terminamos a subida e finalmente descemos 16km de em curvas acentuadas de alta e baixa velocidade até que chegamos em Terê.
Terê
Como já era de se esperar, a fome nos atacou e como perdemos muito tempo na subida, tratamos de achar um local para comer e batemos um belo prato de macarrão com almôndegas e feijão, bem no tamanho de nossa fome.
Sabendo que bateria um belo cansaço pós almoço, agitei o Tiko para sairmos logo pedalando rumo a Friburgo e 10km adiante decidimos procurar um lugar ainda no caminho para pernoitar.
A pousada que vimos no celular infelizmente não achamos, por culpa do mesmo que estava desatualizado, e ao invés de chegar mais próximo nos afastávamos cada vez mais.
Paramos para analisar melhor os dados, e apesar de estar cedo o Tiko parecia cansado e não queria que ele desse 100% no primeiro dia de seu primeiro ciclotour. Ele estava deitado na grama enquanto via algumas alternativas onde estávamos, pois havia uma pousada bem próximo mas cobrava os olhos da cara para uma única noite. Minha idéia seria continuar adiante por pelo menos 10km mais pois certamente acharíamos um pouso mais em conta, mas o Tiko foi contundente quando disse que estava cansado.
Fui até uma loja de plantas onde havia um funcionário e perguntei se ele conhecia algum local para pernoite com preço mais acessível. Logo, encostou um carro que era dirigido pelo dono do local que, após duas ligações, conseguiu um local para nosso pernoite, a melhor parte foi que o proprietário da pousada estava a caminho para nos buscar. O único motivo que me deixou um tanto quanto desanimado foi o fato de que voltaríamos para Terê e teríamos que realizar pelo menos 10km novamente no dia seguinte. Diante da necessidade, essa foi a saída aceitada e acertada.
Um tempo de esperas e chega o Geraldo, um senhor animado, proprietário da Pousada Aventureiro, que gosta de pedalar e de se aventurar pelos caminhos.
Saímos a noite para comermos uma pizza e beber uma cerveja, mas o frio estava intenso fomos obrigados a voltar para a pousada e dormir.
A pousada: Pousada nova que está sendo ampliada, quartos grandes e bem montados atendem muito bem seus hóspedes. O ponto máximo desta pousada é seu café da manhã, que mesmo com poucos hóspedes, estava com a mesa farta.
Até a próxima.
Dados do Garmin
65,25 km Distância    
8,6 kph Velocidade média    
3.026 C Calorias    
7:37:20 Hora    
977 m Ganho elevação    
27,3 °C Temperatura média
58,7 kph  Velocidade Máxima

Enfim, Cicloturismo.

Durante nosso planejamento para a Estrada Real, em meados de Junho recebi uma notícia que me deixaria indeciso quanto a viagem, fui induzido a deixar para o próximo ano esta viagem e assim ficar apenas de suporte aos amigos Miura, Thiago, Valeriano e Sergio que se uniu ao grupo já as vésperas da viagem.
 
Tentando manter o clima apesar da minha frustração de não acompanhar a turma, segui com informes e dados da viagem...
 
Bom, infelizmente os astros não estavam a favor deste evento. Sim, aos poucos cada integrante teve seu motivo para deixar a viagem em segundo plano.
 
 
Mesmo com meu impedimento, decidi realizar uma viagem curta pelo Rio de Janeiro mesmo, mas por onde? qual propósito? o que poderia agregar?
 
Diante desses questionamentos, fui para o meus planos de trajetos do garmin e lembrei que havia traçado um caminho pela Região Serrana.
 
Lancei a ideia para alguns amigos para saber se era viável e o que eles achavam da ideia. Depois de algumas trocas de mensagens o Thiago se interessou em realizar esta empreitada. Lacerda também se interessou mas estava com o pé machucado e não pode nos acompanhar. Miura, não conseguiu datas e também o plano B de nos encontrar para fazer ao menos um dia de pedal conosco caiu por terra por conta de seu up grade de bike.
 
Redefini o trajeto em acordo com a necessidade do Thiago, que conseguiria apenas três dias para a viagem pois teria que voltar para um compromisso.
 
O trajeto ficou resumidamente assim:
- Petrópolis;
- Teresópolis;
- Nova Friburgo;
- Lumiar;
- Aldeia Velha, e;
- Volta do Sana, que é um mega pedal.
 
Acredito que no próximo já venha o relato do pedal.
 
Até